quarta-feira, 17 de março de 2010

Rio Tinto (Paraíba)

Rio Tinto é um município brasileiro do estado da Paraíba localizado na microrregião do Litoral Norte.

O MUNICÍPIO DE RIO TINTO


Importante cidade da Paraíba, Rio Tinto possui um considerável acervo em arquitetura civil, com alguns prédios com estilos germânicos e um requisitado conjunto de aprazíveis praias, entre as quais destaca-se Praia de Campina, que compõe juntamente com Oiteiro, Barra de Miriri e Barra de Mamanguape, o maior pólo de lazer; sendo também principal área de ocorrência e reprodução de peixe-boi marinho, um zelo por um dos últimos refúgios desse animal em todo o País.


Rio Tinto era uma cidade que já nascia com a pretensão de se promover a si mesma, de se constituir na cidade completa de que explanou Aristóteles, em seu livro "Política". Para o filósofo, apenas uma cidade com todos os meios para prover a si mesma é que alcança a finalidade que se tinha proposto em sua fundação. E, tendo os Lundgren conseguido a posse daquelas terras depois de muita lassidão, Rio Tinto buscou ainda sua auto-regulamentação, pois a cidade constituiu-se um Estado dentro do Estado, a partir da concessão do governo Camilo de Holanda (1916-1920) de vinte e cinco anos de isenção do imposto estadual. A partir disso, a Companhia do Grupo Lundgren era provedora, em vez do Estado paraibano, de saúde, educação e segurança, estes últimos possuídos métodos de critérios tão subjetivo que ilustram bem onde alcançar o "Estado Lundgren" na vida de seu povo.


Em Rio Tinto, portanto, não se pode dizer que na cidade surgiu uma fábrica, mas que da fábrica nasceu à cidade. Parte do entendimento disso a busca para se entender Rio Tinto hoje, após o fechamento da fábrica que condicionou o inicio de sua própria existência. Por meio da rua principal, a entrada da cidade conhecida como rua do Patrício, e oficialmente Ten. José de França, uma rua arborizada com palmeiras imperiais que continuam sendo cartão-postal do lugar, mas não o único, chega-se aos portões da fábrica. Contornando, passa-se pela praça João Pessoa, onde se situa a imponente Igreja Matriz de Santa Rita de Cássia, de tijolos vermelhos. E, no meio da praça, a estátua do coronel Frederico João Lundgren, fundador de tudo o que se encontra ao redor. Na praça João Pessoa acontece anualmente à festa de padroeira de Santa Rita de Cássia durante todo o mês de maio, com o seu ponto culminante no dia 22. Tudo ao redor da estátua de desbravador das terras rio-tintenses.


Toda cidade é única, cada uma com seus argumentos. Rio Tinto é única fenomenologicamente falando, sem necessidade de argumentos. È auto-evidente. Elementos europeus num clima tropical, como uma gôndola, a cidade perfaz sua identidade entre dois pólos. Num primeiro, sua história, grande o suficiente para estar inserida na história de seu País, quando, junto com sua fábrica-irmã de Paulista (PE), tornou-se uma potência têxtil nacional, visitada inclusive, pelo presidente Getúlio Vargas. Num segundo pólo, possui belezas naturais amparadas por projetos ambientais conhecidos internacionalmente. Ambos os pólos, o histórico e o ecológico são dimensões de uma mesma realidade: a cidade é um patrimônio, naquilo que foi feito pelo homem e naquilo no qual o homem nunca tocou. O turismo abarca um pólo e o outro. Conhecer Rio Tinto é descobrir uma cidade que possui a vocação de ser patrimônio em tudo o que a ela propuserem para ser.






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